Os irmãos ‘Wolter’ sempre foram muito próximos ao Papa Leão XIII. Dom Marcus faleceu antes mesmo de Dom Pedro Roeser entrar na Congregação mas, como sempre deixou uma marca indelével na Congregação de Beuron seu irmão Dom Marcus Wolter OSB, continuou com a proximidade com o Vaticano.
A Congregação de Beuron cultivava de modo particular a vida monástica em forma de família, e excluindo no principio toda a atividade externa.
Mas, logo recebem um comunicado do Vaticano para uma verdadeira Missão Beneditina.
Isso ocorreu no ano de 1893, no Brasil, quando no Capítulo Geral do dia três de maio de mil oitocentos e noventa e três, em Salvador, na Bahia, Frei Domingos da Transfiguração Machado, solicita a todos os participantes o consenso da abertura de um noviciado no Brasil, e cedem pelo Mosteiro de Olinda.
Assim, Dom Domingos solicita ao Internúncio Mons. Jerônimo Maria Gotti ajuda, para a Obra da Restauração dos Mosteiros Beneditinos do Brasil, junto ao Santo Padre em Roma. O Santo Padre, Leão XIII, estava muito feliz com a possibilidade do novo despertar da Ordem Beneditina no Brasil, e com o despertar de um noviciado recebendo auxílios de monges vindos de outros países.
A Arquiabadia de Beuron decide pelo Procurador Geral de Beuron no Vaticano, Dom Gerardo Von Caloen, um monge com zelo apostólico, devoção e amor a Ordem além de seu senso de organização e habilidade na arte da comunicação.
Este monge beneditino de origem belga é enviado ao Brasil no ano de 1895. Após alguns anos, já em 1898, se faz necessárias mãos para a ajudar na imensa tarefa da Obra da Restauração.
Então, o Abade de Beuron, Dom Placidus Wolter, decide convocar o amável Monge Pedro, já então formado em presbítero para esta tarefa de ajudar o Monge Gerard Von Caloen que já estava na tarefa da restauração no Brasil, no continente latino americano.
Chegada ao Brasil
Dom Pedro Roeser, começa a se preparar para a tarefa de seguir viagem a um país onde não se falava a língua alemã, e se faz necessário, mais monges e noviços beneditinos para a Obra da Restauração.
Ele segue os estudos e são preparados novos postulantes para a viagem ao Brasil. O local cedido no Brasil para os Beneditinos iniciarem o serviço de renovação é a Abadia Beneditina em Olinda, na província de Pernambuco, onde permanece Gerardo Von Caloen, o primeiro monge beneditino enviado ao Brasil por Dom Maurus Wolter, que na época era o Abade da Ordem. A foto mostrada é quando Dom Maurus, OSB havia acabado de concluir seu Doutorado.
Dom Pedro sai de um vapor chamado ‘Itaparica’ no cais de Hamburgo em setembro de 1899, e chega no cais do porto em outubro de 1899, logo segue para o Mosteiro Beneditino em Olinda. Uma viagem longa para os postulantes e Dom Pedro.
Após sua chegada é informado de que deve seguir uma viagem a vapor para Fortaleza, destino: a Serra do Baturité, em Conceição do Guaramiranga, hoje já mudou de nome.
Dias depois, segue o destino: Fortaleza via mar.
Desde Fortaleza é um longo percurso, tudo feito em dorso de cavalo. Chega após um período de alguns dias, em um pequeno vilarejo denominado de sítio de Santa Cruz. Dom Majolo de Caigny que aguardava os monges recebe com todo o apoio e simplicidade.
Ficam em parcas acomodações de casas de taipa.
Entretanto, à frente de uma tarefa de montar o noviciado persiste a contínua tarefa da Obra da Restauração da Ordem Beneditina.
A Serra do Estevão, era mais aprazível do que a cidade de Olinda que na época já constava com a febre amarela, e para os estrangeiros, a Serra era um local ideal para adaptação dos estrangeiros ao novo país. Uma vegetação tropical diferente dos bosques e do clima europeu.
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