Autor: museudap

3ª fase: Criação do Aprendizado Agrícola Dr. Olavo Guimarães

Assim teve início a concretização do sonho acalentado no coração de D. Abade ao longo de anos:

“Compramos um sítio para os nossos meninos. Pois, o que fazer com eles? Mandá-los de novo para a rua, seria perdido o trabalho de anos! Resolvemos abrir UM APRENDIZADO AGRÍCOLA mesmo sem dispormos por enquanto de recursos! O socorro chegou-nos do Sr. Dr. Olavo de Queiroz Guimarães.”

 

“Meninos, que não tem tido muito gosto no estudo, meninos que entregaram-se facilmente à lei do menor esforço, meninos sem vontade, sem energia manifestam agora no Aprendizado Agrícola um zelo, uma alegria, uma dedicação ao trabalho, que faz gosto. Eles tornam-se fortes e desenvolvem um apetite, que edifica a todos os médicos. Mais precioso ainda parece o efeito moral: com o desenvolvimento do organismo desaparece esta inércia, que tantas vezes entristece o educador, cedendo o seu lugar a uma atividade sadia, livre de certas misérias, que são muitas vezes a conseqüência de um desenvolvimento desnatural. Os meninos tornam-se dóceis, interessados pelo trabalho, obedientes em todas as disciplinas. Eis aqui a experiência de 18 meses de vida no “Aprendizado Agrícola Dr. Olavo de Guimarães”. (Palavras de D. Abade no fascículo “Preito de Gratidão” pág. 31 a 33 – 1945 – Tipografia  “A Cruzada” – Jundiaí)

 

A solene inauguração deste espaço agrícola realizou-se aos 10 de janeiro do ano de 1944. Neste exercitavam-se na arte do cultivo da terra e no cuidado de animais domésticos, no contra turno escolar, os meninos da Casa da Criança que haviam completado os dez anos de idade e outros externos que eram apresentados pelos pais e que efetuavam nele a matrícula.

 

Com o decorrer dos anos e o crescimento da cidade de Jundiaí aos arredores do Aprendizado Agrícola Dr. Olavo Guimarães, as atividades de aprendizagem agrícola e dos cuidados com animais domésticos se tornaram inviáveis, bem como a nova realidade que o setor de promoção/cuidados à criança empobrecida requeria da Entidade. Assim sendo, em outubro do ano de 1972 decidiu-se pela construção de um espaço escolar que acolhesse crianças na faixa escolar dos 06 aos 12 anos. O novo prédio foi inaugurado com o nome de Casa da Criança “Aprendizado D. José Gaspar”, aos 07 de janeiro de 1974. Neste os alunos têm as aulas regulares e no período extra escolar, desenvolvem atividades diversificadas que visam a aquisição de habilidades necessárias o exercício da cidadania.

 

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3ª fase: Fundação da Congregação das Missionárias de Cristo

3ª fase: Fundação da Congregação das Missionárias de Cristo

Era então Arcebispo de São Paulo o Senhor Dom José Gaspar de Affonseca e Silva, de saudosa memória, homem perfeito no círculo de suas atividades temporais, caráter feito de virtudes, tais como:firmeza, desassombro, coragem, humildade, amor e iniciativa. Ficou conhecido como o “Arcebispo da bondade”. Dom José Gaspar era homem de muita oração e de intensa vida interior. O seu modo piedoso de rezar chamava a atenção. Sua voz era toda de ensinamentos e conselhos, e,sempre que se fez ouvir, foi para guiar e ensinar.

 

Preocupava-o a situação das populações interioranas e rurais, tão carentes e abandonadas. Dizia: – “Nunca teremos Padres suficientes para o campo, e estas populações vivem na ignorância das verdades da fé, afastadas das práticas da Religião!” e, manifestava o desejo de fundar uma congregação feminina cuja atividade específica seria a Evangelização, Catequese e toda espécie de assistência às populações rurais. Esse desejo foi acolhido no coração do Cristo e realizado graças a circunstancias verdadeiramente providenciais, que patenteara claramente quanto um tal plano era do agrado de Deus. E Deus providenciou: em agosto de 1939, chegavam a Jundiaí quatro Madres Ursulinas de Innsbruck, capital do tirol austríaco. Estas Religiosas, professoras do curso secundário em sua pátria, vinham para o Brasil destinadas à direção interna da “Casa da Criança Nossa Senhora do Desterro”, em Jundiaí, a convite de Dom Pedro Roeser, abade da Ordem de São Bento, fundador daquela instituição de assistência à infância. O Sr. Arcebispo, vendo a Casa da Criança agraciada com aquelas dignas Religiosas, não hesitou em propor imediatamente a criação de um Noviciado de Ursulinas, destinadas não somente, à assistência e promoção das crianças empobrecidas mas , para formar também Missionárias catequistas e enfermeiras, destinadas à formação popular, principalmente nas zonas rurais. Para diferenciar das antigas Ursulinas, foi escolhido o título de “Oblatas de Santa Úrsula”. O Noviciado foi canonicamente aberto aos 03 de fevereiro de 1940.

 

Dom José Gaspar infelizmente ficou por pouco tempo empunhando o leme desta Congregação fundada junto com Dom Abade Pedro Roeser, pois aos 27 de agosto de 1943 o avião em que viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro, ao fazer manobra de aproximação para pousar no aeroporto “Santos Dumont”, foi de encontro ao edifício da Escola Naval, destroçando-se e arrastando para o mar os corpos das vítimas da catástrofe. Foi encontrado a boiar nas águas da Guanabara o corpo de Dom José Gaspar.

Após a guerra, no ano de 1947, as Madres Ursulinas foram convidadas pelas suas Superioras a regressar ao seu Mosteiro de Origem, onde o colégio já reiniciara as suas atividades. Ficavam no Brasil as primeiras Oblatas de santa Úrsula. Valeu-lhe porém, o co-fundador, Dom Abade Pedro Roeser, que se desdobrou em bondade e atendimento e zelo, procurando dar a estas primeiras Religiosas, formação cheia de fé e de doação a Deus e ao serviço dos irmãos.

 

Este, depois de prolongada doença, faleceu aos 05 de agosto de 1955 em odor de santidade, sendo sua memória cultuada por toda a cidade de Jundiaí (SP), que lhe erigiu uma estátua de bronze em frente à Casa-Mãe da Congregação.

A Santa Sé, no ano de 1966 mudou o nome do Instituto para “Missionárias de Santa Úrsula”, mais de acordo com as atividades das irmãs. Em maio de 1969, sob orientação do primeiro Bispo Diocesano de Jundiaí, o Exmo. e Revmo. Senhor Dom Gabriel Paulino de Bueno Couto, as Missionárias, reunidas em assembléia, decidiram por votação, mudar o seu título para o de “Congregação das Missionárias de Cristo”.

 

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3ª fase: Criação do Aprendizado Agrícola Dr. Olavo Guimarães

 

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3ª fase: Criação da Casa da Criança

3ª fase: Criação da Casa da Criança

“Foi nos meses de setembro e outubro de 1931, quando a distinta Srª D. Olga E. Teixeira de Carvalho (psicóloga) trabalhava em Jundiaí a pedido do Sr. Arcebispo de S.Paulo D. Duarte, para instalar o catecismo paroquial que, às vezes, passamos pelas ruas desta cidade em companhia de nossos dois amigos, Dr. Guilherme de Felippe e de Sr. Mucio Lobo da Costa.

 

O que tem chamado a nossa atenção, foi o grande número de crianças, que entregues a si mesmas brincavam nas ruas. Perguntando sobre o caso fomos informados, de que se tratavam de crianças, cujos pais trabalhavam nas fábricas. Da nossa atividade em Pernambuco sabíamos qual era o remédio contra esta calamidade, pois tivemos ocasião de auxiliar a distinta Srª D. Joanita P. Portella na fundação de um Jardim dos pobrezinhos lá no Recife.

 

Lá no Norte, onde trabalhamos durante 30 anos, foi relativamente fácil empreender uma obra de caridade deste gênero. Mas em Jundiaí, como fazer sendo pessoa, que de há pouco tempo veio e por isso completamente desconhecida? Encontramos, porém, dois anjos da guarda que muito nos animaram: a já mencionada Srª. D. Olga Teixeira e o grande benfeitor de Jundiaí, o Sr. Dr. Olavo de Guimarães que soube, ainda não sabemos como, da nossa ideia. Um belo dia, este fidalgo da nossa sociedade veio fazer-nos uma visita em São Bento, oferecendo generosamente os seus serviços. Este antigo chefe político durante uma semana inteira levou-nos em seu auto a todos os gerentes de fábricas de Jundiaí, recomendando a fundação da “Casa da Criança” à benevolência dos mesmos.

 

Apoiados por uma pessoa desta importância e animados pelo interesse maternal de D. Olga Teixeira compreendemos que a “Casa da Criança” era realmente a vontade de Deus. Aconselhando-nos ainda com a autoridade eclesiástica em nossa cidade, com o recém-chegado Sr. Vigário Pe. Dr. Arthur Ricci, que tem aprovado e abençoado a ideia, iniciamos a fundação. D. Olga em companhia de D. Sebastiana de Barros percorreu as ruas da cidade a fim de achar um prédio modesto, onde podia ser a “Belém” desta criança pobre. Na antiga fábrica de chapéus, na Rua Torres Neves, encontramos o que desejávamos. Apareceram as primeiras crianças, que foram bem recebidas pela Srª. D. Benedita Cruz de Saldanha. D. Antonia, a esposa do nosso grande amigo Sr. José Vieira, foi a nossa primeira cozinheira. O aluguel mensal exigido pelo dono da antiga fábrica foi de 150 mil réis.

Agora o exterior da fundação estava feito. Faltava ainda a alma, que sustentasse o organismo. Também neste caso D. Olga teve um bom conselho. “D. Abade, precisa fundar a “sociedade de um quilo”, disse a nobre alma. Convém convidar Senhoras generosas, que se encarreguem de percorrer cada uma, sua rua determinada, para angariar nas diversas famílias um quilo de gêneros por mês!

A primeira reunião convocada e realizada no salão nobre da Cruzada da Mocidade Católica deu um resultado esplêndido. Como ficamos otimamente impressionados, quando vimos diante de nós a ilustre assembléia, pois quase todas estas Senhoras eram Professoras das nossas escolas públicas, e se ofereceram espontaneamente a patrocinar esta criança, que estava para nascer. Que nobreza de sentimento encontramos naquele meio, desde a primeira Presidente desta nova sociedade de um quilo, com D. Adelaide Pontes Laureano até a última Senhora que se apresentou! Diante a recordação destes tempos heróicos surgem ainda nomes, que ficam gravados na história da fundação da “Casa da Criança”. D. Adelaide Pontes Laureano, com a Vice-Presidente D. Sylvandira Mendes Silva, D. Zenaide Mendes Pereira, a primeira tesoureira por longos anos; D. Maria de Toledo Pontes, D. Berenice Ourique Araújo, de saudosa memória. D. Maria de Lourdes França Silveira, a nossa segunda Presidente, que comprou o antigo prédio do Ginásio Rosa, e construiu o refeitório e as instalações sanitárias. D. Branca Lobo da Costa, que introduziu um tipo de listas, como ainda hoje estão sendo usadas pelas nossas corajosas Senhoras conselheiras. D. Leonita Faber Ladeira, cujo zelo inventava sempre novas festas para abrir novas fontes de pão das nossas queridas crianças. D. Elisa Bandeira Camargo, D. Melânia Fortarel Barbosa, Senhorita Florinda Gnaccarini, a digna secretária dos primeiros anos, D. Octacilia Bellini, D. Clarice de Souza Almeida, etc. Ao lado destas professoras animadas encontramos desde o princípio outras Senhoras como d. Maria do Carmo Ribeiro, a nossa terceira Presidente, que por seis anos carregava heroicamente a cruz da responsabilidade durante a reconstrução do novo prédio da “Casa da Criança”. D. Maria Octaviano, a digna Matrona no meio das Senhoras Conselheiras, D. Generosa Siqueira, D. Julieta Machado, D. Maria José Bruno, D. Emília Cerqueira de Lacerda, a nossa atual e quarta Presidente da Casa da Criança, D. Serafina Marchiori de Campos, a nossa atual Vice-Presidente. D. Lucia Fornari Martins, D. Cornélia Mendes Pupo. Estas últimas merecem uma pagina de ouro na nossa crônica, pela generosidade com que arranjaram nos meses da estação fria na praça da matriz uma barraca, a fim de conseguirem os recursos necessários para podermos pagar os juros do empréstimo. Uma menção honrosa merece também nestas circunstancias o Senhor José Agostinho, que tem auxiliado estas heróicas Senhoras com sua dedicação valiosa,  e que também até hoje nunca se esqueceu da “Casa da Criança”.

Entre as nossas moças solteiras distinguiram-se logo no princípio desta obra de caridade várias associadas da Cruzada dos costumes Cristãos, como D. Clorinda Zambon, a digna vice-Presidente do terceiro triênio, d. Maria de Bona, D. Maria José Santos, D. Amália Demarchi, D. Brígida de Freitas, D. Leonor Enfeldt, D. Noemia e Amélia de Felippe, D. Iracema Cruz, como também as Srtas. D. Nair Marini, D. Christina Mezzalira e outras; as duas cruzadas Maria Aparecida Campos e Cinira Campos que, sucedendo as zelosas filhas de São Vicente, pelo espaço de cinco (5) anos com grande desvelo cuidaram da administração interna, sendo depois, em 1939, auxiliadas e em seguida substituídas durante três (3) meses pelas generosas srtas. D. Georgina de Mello e D. Rosalina de Siqueira.

Duas Senhoras precisam ainda ser mencionadas, elas não estão mais em Jundiaí, mas  mesmo longe continuam trabalhar como conselheiras da “Casa da Criança”, a saber D. Alba Maregatti e D. Cleonice Ferreira.

No meio destas fundadoras não podem faltar os nomes de dois Senhores dedicadíssimos, o nosso primeiro Secretário Geral, Sr. Dr. Guilherme de Felippe, que durante 12 anos foi realmente o amigo das nossas crianças pobres, e o Senhor José dos Santos Pereira, que se sacrificou desde a fundação como guarda-livros da Casa da Criança. Depositamos aqui o protesto da nossa sincera gratidão.”

 

Palavras de D. Abade no fascículo “Preito de Gratidão” págs. 06 a 10 – 1945 – Tipografia  “A Cruzada” – Jundiaí

 

Saiba mais sobre a Casa da Criança acessando o site da instituição!

 

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3ª fase: Fundação da Congregação das Missionárias de Cristo

 

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3ª fase: Presidência da Católica Unio do Brasil

3ª fase: Presidência da Católica Unio do Brasil

O ilustre beneditino, já em Sorocaba, São Paulo, assumiu a presidência da Catholica Unio Brasileira (CUB), para a qual foi nomeado em 25 de julho de 1930, a convite do Núncio Apostólico no Brasil, Mons. Bento Aloisi Masella.

 

Após um ano, a sede é transferida para Jundiaí. Essa obra vocacional foi fundada em 1923, pelo Revmo. Dom Agostinho von Galen OSB. Uma obra pró-Oriente Católica ficara temporariamente em Salzburg, Áustria, sendo transferida posteriormente para Friburg, França.

Dom Pedro, em 1931, já em Jundiaí, lá permanecerá por 24 anos, até o seu falecimento. Em 1937, realizou-se um Congresso da CUB no Rio de Janeiro. Em 1938, o abade, então presidente da CUB, viaja aos Estados Nordestinos de Pernambuco e Paraíba divulgando o Instituto dos Zeladores Unionistas, justamente no início do Estado Novo.

 

João Evangelista Marinho Falcão, OSB, beneditino do Mosteiro de São Bento de Olinda, quando indagado sobre D. Pedro e as enfermeiras alemãs, informou que não as conheceu, mas sim a D. Pedro e que lembra dos seus feitos, e diz que ele sofreu muito, sendo bastante perseguido [durante o Estado Novo]. Como presidente da CUB ficou até a sua morte que ocorreu em 5 de agosto de 1955.

O beneditino Dom Pedro Roeser no 1º plano da foto. Visualiza-se também da direita para a esquerda: Dom Paulo M. Pedrosa, abade assistente congregacional (jubilar); D. Aidano Ebert, prior conventual de Santos; D. Plácido, arquiabade; D. Bonifácio, abade de Olinda, sucessor de D. Pedro Roeser, presidente da Cathólica Unio no Brasil (CUB); e D. Martinho, Abade Nullius do Rio de Janeiro.

 

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3ª fase: Criação da Casa da Criança

 

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3ª fase: Dom Pedro no Sudeste – Abadia no Rio de Janeiro

3ª fase: Dom Pedro no Sudeste – Abadia no Rio de Janeiro

O Título de Abadia “Nullius” (antiga denominação das Abadias Territoriais) foi concedida no período que Dom Gerard Von Caloen estava em ampla restauração da Ordem, e queria abrir um noviciado no Território de Rio Branco (hoje conhecido como Roraima). Devido a isso, necessitava haver ampla jurisdição para tal empenho. Quem concede o título de Abadia Nullius ao Mosteiro Beneditino de Nossa Senhora de MontSerrta do Rio de Janeiro foi o Papa Pio X, em 15 de Agosto de 1907 por decreto da Sagrada Congregação Consistorial.

O Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro (Abadia de Nossa Senhora do Monserrate) desde julho do ano de 2003  não é mais Abadia Territorial, ou seja uma  Abadia equiparada a uma diocese. A Santa Sé, decidiu ir gradualmente diminuindo o número destas Abadias, reduzindo-as a duas ou três. Pelo “Anuário Pontifício” de 2003 são apenas treze em todo o mundo, sendo que a única no Continente americano era a do Rio de Janeiro. Em 1976, quando o Papa Paulo VI publicou a Carta Apostólica “Catholica Ecclesia”, reformando as Abadias “nullius dioceseos”, elas eram em número de 21.

 

Desta Abadia, Dom Abade sempre teve boas recordações. Ainda, hoje algumas pessoas idosas se lembram dele com carinho, pois ali foi Prior do Mosteiro e também recebeu sua Benção Abacial em 1907, junto a outros três monges que também receberam a benção Abacial, foram estes: Dom Majolo de Caigny, Dom Miguel Kruse, e Dom Miguel de Saegher.

 

Dom Abade Pedro Roeser O.S.B. quando recebeu o título de septuagésimo terceiro Abade do Mosteiro de Olinda, também recebeu o título de Abade Vitalício do Mosteiro de Olinda e da Paraíba, concedida Por Breve de Pio X.

Seu Lema Abacial: Pax et Virtute.

 

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2ª fase: Escola de Enfermagem

2ª fase: Escola de Enfermagem

Dom Abade quando em visita a enfermos nas Casas de Saúde sempre sentia a necessidade veemente de se criar uma escola para enfermeiras, pois era urgente a necessidade de tais profissionais no meio da saúde da cidade de Recife.

Foram dois amigos que se renderam ao trabalho, Dr. Fernando Simões Barbosa mais Dom Abade Pedro . A sociedade pernambucana acolheu o plano e com isso obteve a ajuda do senhor Severino Marques de Queiroz Pinheiro, mais conhecido como Dr.Severino Pinheiro, um rico fazendeiro, poderoso comerciante de Limoeiro e político de prestigio, Presidente do Senado Estadual em 1922. Conseguiu muitas facilidades e dessa maneira haveria como dar uma personalidade jurídica à sociedade.

 

A chegada das enfermeiras alemãs ao Brasil pelo vapor Flandria, em 26 de dezembro de 1924, foi citado no Diário de Pernambuco, no dia 27 de Dezembro de 1924, no caderno Social em destaque para os Viajantes. O jornal Diário de Pernambuco, também informa o desembarque de Dom Abade, assinalando que o Flandria retornara de uma viagem à Europa, em que ele aparece como um “digno e illustrado abadde” do mosteiro de S. Bento, em Olinda.

Nomes das Enfermeiras embarcadas no Vapor Flandria, vindas para o Hospital Centenário: Anna Schuler, Elisabeth Popp, Margarethe Heck, Ceuta Grable, Maria Maier, Maria Reichenback, Frieda Schoch, Elisabeth Zipfel, Bertha Licht, Eva Brunnengraber, Aloysia Heiler.¹

Houve no tempo da estruturação da Escola de Enfermagem, uma Corporação de Enfermeiras Alemãs da Cruz Vermelha Alemã. Há vários estudos, inclusive o doutorado da Drª Fátima Abraão, que consta dados alusivos à data, mas muito de suas pesquisas ficaram infundadas devido ao mau estado dos materiais de acervo da Biblioteca Nacional.  

Havia também um Enfermeiro Herbért Holock, que esteve na Obra da Cruz Vermelha Alemã junto ao Hospital Centenário- Casa de Saúde de Recife, que consta como Enfermeiro e Gerente. Mas, devido à má conservação do material, não veio a dar entendimento em alguns fatos.

 

Mas, os estudos de Doutora Fátima Abraão constam ao fim que a Sociedade Mantenedora junto ao Dr.Fernando Simões Barbosa, sofrem uma série de intervenções políticas. Isso faz com que Dr. Fernando fique abalado com a visão de uma sociedade fragilizada. Época da Revolução de 30.

Assim, logo o prédio foi desapropriado no ano de 1938 pelo Governo de Agamenon Magalhães. Mas, ao que tudo indica este médico determinado, mantém a sua idéia da Escola de Enfermagem e com sua ação no Hospital D.Pedro II e na Faculdade de Medicina, no ano de 1945 está presente na inauguração da 1ª Escola Profissional de Enfermagem do Recife, denominada Escola de Enfermagem Medalha Milagrosa do Hospital D.Pedro II.

Na Abadia de Olinda, Dom Bonifácio OSB, foi nomeado Abade de Olinda, sucessor de Dom Pedro Roeser OSB. Isso quando Dom Pedro Roeser OSB se despede de Pernambuco. Ocorre sua saída de Olinda,em 1930.

 

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1Fonte: Doutorado de Fátima Abraão Capítulo 4 – A luta dos agentes para a formação do campo da Enfermagem (1925-1930).

 

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3ª fase: Dom Pedro no Sudeste – Abadia no Rio de Janeiro

 

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2ª fase: Hospital do Centenário

2ª fase: Hospital do Centenário

Outra realização de Dom Abade é o Hospital Centenário, atualmente com o nome Hospital do Servidor do Estado, em Pernambuco na cidade de Recife.

Dom Abade, sempre foi muito influente na esfera da sociedade civil, do clero recifense e olindense, além de estar sempre envolvido com o ensino superior, e muito bem colocado ante a sociedade médica local.

Dom Pedro, estava muito preocupado com a saúde, e conversando com seus amigos decide junto ao Dr. Fernando Simões Barbosa e Doutor Adolpho Simões Barbosa a criação de um pequeno Hospital, mas junto deveria ter uma escola de enfermagem aonde o curso não deveria demorar mais do que dois anos. E isso, o mesmo, acreditava inicialmente que deveria estar a cargo das senhoras recifenses.

 

E assim, surge uma Associação mantenedora do Hospital. Ressaltando, que Dom Abade em face de sua influência religiosa, obteve grande apoio das senhoras de Recife para a manutenção dessa obra.

Sem mais, a criação da mesma era para constituir um capital para a construção do futuro Hospital.

 

Em uma reunião na casa de Dona Helena Machado, no dia 15 de maio de 1922, onde participaram várias personalidades, Dom Abade proferiu um discurso apoiado pelo Governador de Estado e logo o mesmo discurso foi impresso e publicado, no Jornal do Comercio de 17 de maio de 1922 para se fazer valer a criação da Associação Mantenedora da Sociedade do Hospital do Centenário. Nome escolhido foi Hospital do Centenário, devido ao Centenário da Proclamação da República.

Na foto acima, Missa Campal com Dom Abade.

“Às 9 horas precisamente, teve início a missa campal no jardim da nova casa de saúde [faz parte do HC], sendo officiante na ceremonia religiosa o revmo, sr d. Pedro Roeser, abbade do Mosteiro de S. Bento. Antes da elevação s. rvma pronunciou ligeira oração referindo-se á idéia que tivera de crear entre nós uma escola de enfermeiras, idea que não podia ser realisada sem um hospital, como lhe suggerira o sr. dr. Fernando Simões Barbosa, o creador da idea deste Hospital.” REVISTA DE PERNAMBUCO, Recife, v.2, n. 12. jun. 1925. Fonte: APEJE, Obras Raras.

 

O Hospital do Centenário teve a inauguração em 3 de maio de 1925.

Dom Abade foi quem ministrou a Missa Campal na data da inauguração, no jardim da Nova Casa de Saúde, o Hospital do Centenário mencionado no periódico ‘Revista de Pernambuco’ datado 12 de junho de 1925.

Acima, se vê Obra do Hospital Concluída, a Escola de Enfermeiras só pode ser gerida mais tarde em outro local devido a ordens políticas vigentes. As jovens enfermeiras alemãs da Cruz Vermelha Alemã, ajudaram na Obra do Hospital do Centenário, estas chegaram na década de 20.

 

O Vapor Flandria que trouxe as Enfermeiras da Alemanha para o Brasil, na companhia do nobre Abade Beneditino Dom Pedro Roeser, OSB.

Fonte: Doutorado de Fátima Abraão,  Capítulo 4 – A luta dos agentes para a formação do campo da Enfermagem (1925-1930).

 

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2ª fase: Escola de Enfermagem

 

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2ª fase: Criação da Primeira Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Brasil

2ª fase: Criação da Primeira Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Brasil

Em 1911, idealizou e construiu junto a Abadia a Primeira Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Brasil.

A ata da primeira reunião se deu na sala das sessões da Congregação da Escola Agrícola e Veterinária do Mosteiro de São Bento. No dia 3 de Novembro de 1912.

 

“Aos tres dias do mez de novembro do anno de mil novecentos e doze reuniu-se a congregação da Escola Agrícola e Veterinária do Mosteiro de S.Bento de Olinda sob a previdência do Exmo e Revmo. Snr D.Pedro Roeser O.S.B. Fundador da dita escola, seu director e D,D, Abbade de São Bento, de cuja propriedade é a Escola. Estiveram presentes os Sñrs. Dres. Hermann Rehaage Johan Ludwig Nikolaus, D. Tito Dobbert O.S.B., D. Plácido Oliveira O.S.B., D. Bento Rickel O.S.B., D. Pedro Bandeira de Mello O.S.B. e D.João Kehrle O.S.B. Aberta a sessão o Sñr. Director se congratula com a congregação pela reunião de sua primeira sessão, com que as aulas da Escola não tenham sido ainda inauguradas. Em seguida é discutida a adoção da Escola Agrícola e Veterinária dos Programas Superiores congêneres, o que é aceitto pela congregação. Foram tomados por base os programmas da Universidade de Muniqh e o prevista pelo Governo Federal para tais institutos. Em seguida os escolhidos, os Sñrs. Dres Herman Rehaag, Johan Ludwig Nikolaus e D. João Kehrle para em comissão, sob a presidência do Exmo Sñr Director, tratarem da redação dos estatutos. Nada mais havendo a tratar é encerrada a sessão.

Dom Pedro Roeser O.S.B.

Director

Agostinho Ikas O.S.B.

Secretário Ad. hoc”

 

 

Logo, houve a mudança da sede para a Fazenda de Tapacurá, no Município de São Lourenço da Mata/PE. Ali, Edificou a Escola Superior de Agricultura Beneditina com ajuda de Escolas Alemãs “Landwirtschaftliche Hochschule” especializadas no Assunto, e assim denominadas “Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária de São Bento”.

O Diretor da Landwirtschaftliche da Alemanha, era Professor de Botânica, Professor Oscar Kirchner.

 

Hoje, esta Escola Superior de Agricultura e Veterinária existe sob o nome de Universidade Rural e Federal do Estado de Pernambuco sendo Dom Abade Pedro Roeser considerado seu primeiro Reitor.

 

A trajetória da Universidade vem, desde então, caminhando para a formação do que hoje é a UFRPE, instituição que engloba atualmente 6 Campus  e oferece 19 cursos de Graduação, 14 Programas de Pós-graduação, além de cursos de nível médio.

A 7 de janeiro, o curso de Agronomia foi transferido para o Engenho São Bento. Uma propriedade da Ordem Beneditina, localizado no Município de São Lourenço da Mata, Pernambuco. O curso de Veterinária permaneceu em Olinda, compondo a Escola Superior de Veterinária São Bento.

Em 09 de dezembro de 1936, a Escola Superior de Agricultura São Bento foi desapropriada pela lei 2443 do Congresso Estadual e Ato nº 1.802 do Poder Executivo, passando a denominar-se Escola Superior de Agricultura de Pernambuco (ESAP).

Pelo Decreto nº 82, de 12 de março de 1938, a ESAP foi transferida do Engenho São Bento para o bairro de Dois Irmãos, no Recife, onde permanece. A Universidade Federal Rural de Pernambuco foi criada Pelo Decreto Estadual 1.741, de 24 de julho de 1947, incorporando as Escolas Superiores de Agricultura, Veterinária, e a escola Agrotécnica de São Lourenço da Mata e o Curso de Magistério de Economia Doméstica Rural.

No dia 4 de julho de 1955, através da Lei Federal nº 2.524, a Universidade foi então federalizada, passando a fazer parte do Sistema Federal de Ensino Agrícola Superior. Com a promulgação do Decreto Federal 60.731, de 19 de maio de 1967, a instituição passou a denominar-se Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE.

 

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2ª fase: Hospital do Centenário

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2ª fase: O Início das Obras

Na Serra do Baturité

Foi uma viagem difícil pois, a estrada para o Sítio Santa Cruz não eram lá essas coisas. Muito buraco por toda a extensão, desde Conceição de Guaramiranga até a subida da Serra do Estevão, para chegar no então Sítio de Santa Cruz.

Isso ocorreu em 1899.

 

A Serra do Baturité fica em um Maciço; o que é uma cadeia de montanhas, e é nesta cadeia de montanhas, perpassando por lá que se alcança a Serra do Estevão.

Um possível mosteiro e noviciado  já estavam na mente de Dom Gerardo Von Caloen. O responsável enviado pela Congregação Beuronense ao Brasil.

E Dom Majolo fala da idéia de Dom Gerard Von Caloen na edificação de um novo Noviciado. Ali mesmo em Santa Cruz, com a função de um sanatório. Pois, nesta época muitos monges estrangeiros estavam ficando doentes devido a constantes tarefas diárias.

 

Logo Dom Pedro, Dom Majolo e os postulantes começam as tarefas de edificação da capela.

A casa do sítio de Santa Cruz era muito simples em comparação a todos os Mosteiros Europeus de onde vinham os monges.

A casa que os Monges ficaram era feita em taipa. Dom Pedro fica em um aposento dentro da casa de taipa, nada o deixa desmerecer, pois a fé que mantinha na Missão, o fez crer na Missão incumbida a ele.

Todos os monges que ali estavam iniciam os seus trabalhos seguindo as regras da Ordem de São Bento.

 

Após alguns meses na Serra do Estevão na Província do Ceará. Já estabelecido com o clima local, recebe um comunicado de Dom Gerardo, solicitando que siga viagem à Bahia com os postulantes estrangeiros.

Logo, no inicio do ano de 1900 recebe a incumbência de seguir para Salvador e iniciar o noviciado no Mosteiro de São Bento em Salvador.

Lá se encontra com Frei Domingos da Transfiguração Machado. O idealizador da Obra da Restauração Beneditina.

 

Foi este Frei, Dom Domingos, representante da Ordem Beneditina no Brasil que enviou a carta solicitando ajuda ao Papa Leão XIII para a Obra da Restauração da Ordem.

 

Dom Pedro permanece um período de sete meses em Salvador.

Neste mesmo período, em que chegou a Salvador, vê o Frei Domingos da Transfiguração Machado e mais Dom Gerard Von Caloen receberem a benção Abacial do Arcebispo Primaz  Dom Jerônimo Tomé da Silva.

Confirmando o cargo de Abade ad vitam. A cerimônia transcorre na Igreja Abacial da Bahia.

 

Logo após este período é convidado a seguir rumo ao Mosteiro Beneditino de São Paulo. Aonde permaneceu por um ano e meio, até 10 de março 1902, ajudando como prior do Noviciado.

 

Dom Abade no Nordeste

Dom Pedro Roeser retorna ao Brasil após estudos da língua Portuguesa no Noviciado Beneditino do Mosteiro de St. Andrés, na cidade de Maredous, na Bélgica. Ali ficou por um período como Prior do Noviciado, este que tinha o papel de preparar noviços da Ordem Beneditina e em sua maior parte encaminhá-los ao Brasil. Depois se tornou Prior do Mosteiro de St. Andrés.

 

Em Outubro de 1903 retorna ao Brasil, no dia 21 de outubro de 1903, sai de Antuérpia no vapor “Halle”.

 

Quando chega há algumas mudanças locais, após uma primeira permanência de poucos meses como Prior no Mosteiro de N.S. de Montserrat em Olinda, ele e é encaminhado ao Mosteiro da Ordem Beneditina no Rio de Janeiro com uma incumbência de monitorar o trabalho do Noviciado da Ordem, ali permanece por um período muito breve.

Mas, como Dom Gerard Von Caloen fica a cargo do Mosteiro do Rio de Janeiro por solicitação de Dom Domingos e do Santo Padre, logo o Dom Gerard incumbe a Dom Pedro retornar ao Nordeste com o encargo do Priorado de Olinda.

 

Em Pernambuco, dentre muitas tarefas é requisitado por toda a comunidade, de benfeitores, oblatos e oblatas, juízes, civis, religiosos, religiosas, e começa a se adentrar nos costumes desta época tão florida de experiências. Junto a grandes amigos da Ordem Beneditina faz grandes obras para o Brasil na arte de Educar.

 

Em 1911, idealizou e construiu junto a Abadia Beneditina, a Primeira Escola de Veterinária do Brasil, e também a edificação do Hospital Veterinário.

 

Logo, na Fazenda de Tapacurá, Edificou a Escola de Agricultura Beneditina com ajuda de Escolas Alemãs “Landwirtschaftliche Hochschule” especializadas no Assunto, e assim denominadas “Escolas Superiores de Agricultura e Medicina Veterinária de São Bento”.

 

Em 1914, é convidado a ser um membro efetivo das Atividades do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Através de sua Revista, escreve artigos  sobre suas experiências no Brasil. Já em 1927, é convidado a fazer parte do corpo diretivo do Instituto, comunga com a Comissão de Arqueologia e Etnografia.

 

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2ª fase: Criação da Primeira Escola Superior de Agricultura e Veterinária do Brasil

 

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2ª fase: Mudança para o Brasil

2ª fase: Mudança para o Brasil

Os irmãos ‘Wolter’ sempre foram muito próximos ao Papa Leão XIII. Dom Marcus faleceu antes mesmo de Dom Pedro Roeser entrar na Congregação mas, como sempre deixou uma marca indelével na Congregação de Beuron seu irmão Dom Marcus Wolter OSB, continuou com a proximidade com o Vaticano.

 

A Congregação de Beuron cultivava de modo particular a vida monástica em forma de família, e excluindo no principio toda a atividade externa.

 

Mas, logo recebem um comunicado do Vaticano para uma verdadeira Missão Beneditina.

Isso ocorreu no ano de 1893, no Brasil, quando no Capítulo Geral do dia três de maio de mil oitocentos e noventa e três, em Salvador, na Bahia, Frei Domingos da Transfiguração Machado, solicita a todos os participantes o consenso da abertura de um noviciado no Brasil, e cedem pelo Mosteiro de Olinda.

 

Assim, Dom Domingos solicita ao Internúncio Mons. Jerônimo Maria Gotti ajuda, para a Obra da Restauração dos Mosteiros Beneditinos do Brasil, junto ao Santo Padre em Roma. O Santo Padre, Leão XIII, estava muito feliz com a possibilidade do novo despertar da Ordem Beneditina no Brasil, e com o despertar de um noviciado recebendo auxílios de monges vindos de outros países.

 

A Arquiabadia de Beuron decide pelo Procurador Geral de Beuron no Vaticano, Dom Gerardo Von Caloen, um monge com zelo apostólico, devoção e amor a Ordem além de seu senso de organização e habilidade na arte da comunicação.

Este monge beneditino de origem belga é enviado ao Brasil no ano de 1895. Após alguns anos, já em 1898, se faz necessárias mãos para a ajudar na imensa tarefa da Obra da Restauração.

 

Então, o Abade de Beuron, Dom Placidus Wolter, decide convocar o amável Monge Pedro, já então formado em presbítero para esta tarefa de ajudar o Monge Gerard Von Caloen que já estava na tarefa da restauração no Brasil, no continente latino americano.

 

Chegada ao Brasil

Dom Pedro Roeser, começa a se preparar para a tarefa de seguir viagem a um país onde não se falava a língua alemã, e se faz necessário, mais monges e noviços beneditinos para a Obra da Restauração.

 

Ele segue os estudos e são preparados novos postulantes para a viagem ao Brasil. O local cedido no Brasil para os Beneditinos iniciarem o serviço de renovação é a Abadia Beneditina em Olinda, na província de Pernambuco, onde permanece Gerardo Von Caloen, o primeiro monge beneditino enviado ao Brasil por Dom Maurus Wolter, que na época era o Abade da Ordem. A foto mostrada é quando Dom Maurus, OSB havia acabado de concluir seu Doutorado.

 

Dom Pedro sai de um vapor chamado ‘Itaparica’ no cais de Hamburgo em setembro de 1899, e chega no cais do porto em outubro de 1899, logo segue para o Mosteiro Beneditino em Olinda. Uma viagem longa para os postulantes e Dom Pedro.

Após sua chegada é informado de que deve seguir uma viagem a vapor para Fortaleza, destino: a Serra do Baturité, em Conceição do Guaramiranga, hoje já mudou de nome.

Dias depois, segue o destino: Fortaleza via mar.

 

Desde Fortaleza é um longo percurso, tudo feito em dorso de cavalo. Chega após um período de alguns dias, em um pequeno vilarejo denominado de sítio de Santa Cruz. Dom Majolo de Caigny que aguardava os monges recebe com todo o apoio e simplicidade.

Ficam em parcas acomodações de casas de taipa.

 

Entretanto, à frente de uma tarefa de montar o noviciado persiste a contínua tarefa da Obra da Restauração da Ordem Beneditina.

 

A Serra do Estevão, era mais aprazível do que a cidade de Olinda que na época já constava com a febre amarela, e para os estrangeiros, a Serra era um local ideal para adaptação dos estrangeiros ao novo país. Uma vegetação tropical diferente dos bosques e do clima europeu.

 

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